Bernardo Stumpf
Sou artista petropolitano residente no eixo Rio de Janeiro/Curitiba. Interesso-me pela investigação de formas e condições de construção gestual, conectadas ao uso de tecnologias e de diferentes modos de comunicação.
Atuo como parecerista do Fundo Municipal de Cultura de Petrópolis (Artes Cênicas, Artes Visuais e Transversalidades da Cultura). Graduei-me em Licenciatura de Dança pela UniverCidade/RJ. Recentemente fui
convidado para o Rio Artists Occupation London, evento paralelo às Olimpíadas de Londres, no qual 30 artistas no Rio de Janeiro ocuparão diversos espaços públicos e centros culturais de Londres. Minhas principais realizações artísticas são: • Artista residente do espaço Cafofo Couve-Flor – PR (2011); • Criador e Performer de Jimmy, The Jungle Beast (obra resultante do processo de pesquisas do Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010); • Instrutor e Performer no Prisma-Forum México 2009; • Criador e Performer de Dinâmicas do Corpo Urbano (projeto subsidiado pelo Programa Rumos Itaú Cultural Dança 2009/2010 - contemplado no Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural 2009 – MinC); • Intérprete-criador em H2-2005 (Bruno Beltrão).
Projeto
As “Escavações” investigam motivos, mergulham profundamente nas mitologias do corpo para buscar “o que move”/”o que faz mover”, o que significa que essa pesquisa não se foca em técnicas, códigos ou desconstruções do movimento. Apropriando-se de Filosofia, Teoria Crítica e Mitologia, esse projeto visa uma retomada do corpo ao que lhe é próprio - à imperfeição daquilo que não é coagido, à dor no encontro com as forças do mundo, ao corpo afetado -, direcionando-se ao gesto disforme, extraviado, inumanizado. Buscam-se posturas sem sentido e sem finalidade que produzam embates entre corpos, não como destruição, tampouco como representação, mas como afetação. A utilização das referências teóricas não visa legitimar a ação física nem mesmo transformar conceitos em movimento, mas criar um espaço de apropriações, uma vez que se compreende a dança como pensamento e, neste sentido, o pensamento do corpo como lugar de dança. As “Escavações” partem de uma questão hipotética: Será preciso produzir um corpo “morto” para que este seja atravessado por outras forças?
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