Fernando Lopes
é artista corporal graduado em Licenciatura em Dança pela Universidade Federal da Bahia e graduando em Moda pela Universidade Salvador. Premiado no festival do minuto de Salvador com menção honrosa com o vídeo “SCAP” e pela Fundação Cultura do Estado da Bahia, através do edital “Quarta que Dança 2009/2010” pela intervenção urbana “Isso pode não ser dança?”. Dançarino estagiário e iluminador do grupo de X de improvisação em dança no espetáculo “Os três audíveis ... Ana, Judite e Priscila” e designer de luz do espetáculo “Vestido curto na alma de dentro”, “Pequetitas coisas entre nós mesmos”, “Priscila está esperando na sala”, “Fuiaco, um fuinho na paiede”, “Corpo Quiasma” e “Judite quer chorar mas não consegue!”. Desenvolveu pesquisas em dança com mediação tecnológica (seres autômatos, ambientes imersivos e telemática) tendo como orientadora Ivani Santana. Atualmente dirige o espetáculo de dança “Sem Título” e é responsável pela intervenção urbana “Gráfico Planificado da Violência”, ambos projetos premiados pelo edital “Quarta que Dança 2011.
Projeto
O projeto “A flor da pele” surgiu a partir de experimentos e performances realizados entre 2010 e 2011 e tem como livre inspiração o quadro renascentista “O Jardim das Delícias” de Hieronymos Bosch. No projeto, busco investigar relações e imagens envolvendo afeto, erotismo e dor e de como me relacionar nessa poética com outras pessoas e ambientes, no caso, artistas, espectadores e o espaço de investigação. Como já dito, “A flor da pele” surgiu a partir de um processo que se desenrolou por 2 anos e que teve como um dos resultados estéticos o que chamo de “Quadro de cortiça”, que tem referências do fetiche needle play e da body art. “Quadro de cortiça” consiste em acoplar em meu corpo usando piercings, agulhas médicas e cateteres trechos bíblicos, cartas de afeto e flores, penetrando em minha pele como se fosse um quadro de cortiça, formando uma simbiose de carne, agulhas e elementos afetivos visuais. O quadro de Bosch entra no processo por servir como proposição de idéia, de pensar como essas imagens e problematiza-las numa relação com o mundo ao meu redor.
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